quinta-feira, 8 de março de 2012

"Florbela" (2012) de Vicente Alves do Ó

Estreou hoje, Dia Internacional da Mulher, o filme sobre uma das maiores mulheres que Portugal já teve o privilégio de ter.  Este trabalho é para mim mais que um filme, ou um mero filme  português. "Florbela" (2012) de Vicente Alves do Ó é poesia cinematográfica, é magia cénica, é puro e maravilhoso cinema. Este filme é daqueles filmes que foram feitos para se amar, amar perdidamente, amar só por amar...
O texto seguinte é parte integrante do texto publicado no site de notícias e cultura LGBT em português, dezanove, com o título «“Florbela” estreia no Dia Internacional da Mulher» e pode ser lido na íntegra neste link:
«Florbela era uma mulher incomum, à frente do seu tempo, um dos vultos mais importantes da poesia portuguesa do século XX. Nascida a 8 de Dezembro de 1894, com uma vida riquíssima, cheia de encantos e desencantos, amores e desamores, casou três vezes, a morte do irmão desfez-lhe o coração, chegou a estar num convento, foi considerada louca e suicidou-se no mesmo dia em que nasceu, tinha apenas 36 anos de idade e deixou uma obra vasta, rica e extraordinária.
Num Portugal atordoado pelo fim da I República, Florbela (Dalila Carmo) separa-se de forma violenta de António (José Neves). Apaixonada por Mário Lage (Albano Jerónimo), refugia-se num novo casamento para encontrar estabilidade e escrever, mas a vida de esposa na província não é conciliável com sua alma inquieta. Não consegue escrever nem amar. Ao receber uma carta do irmão Apeles (Ivo Canelas), oficial da Aviação Naval e de licença em Lisboa, Florbela corre em busca de inspiração perto da elite literária que fervilha na capital. Na cumplicidade do irmão aviador, Florbela procura um sopro em cada esquina: amantes, revoltas populares e festas. O marido tenta resgatá-la para a normalidade, mas como dar norte a quem tem sede de infinito?»

1 comentário:

João Roque disse...

É uma frase que uso sempre que falo de Florbela: foi uma mulher que viveu à frente do seu tempo...