sábado, 3 de dezembro de 2011

European Film Awards 2011 - vencedores

Surpreendentemente, ou até talvez não, "Melancolia", "Melancholia", de Lars von Trier é o Melhor Filme Europeu. A distinção foi atribuída esta noite nos European Film Awards organizados pela Eropean Film Academy. O filme dinamarquês arrecadou mais dois prémios em oito nomeações, Melhor Fotografia para Manuel Alberto Claro e Melhor Direcção Artística para Jette Lehmann. "O Discurso do Rei", "The King's Spech", de Tom Hooper também levou para casa três prémios, Melhor Actor para Colin Firth, Melhor Edição para Tariq Anwar e o Prémio do Público. Em baixo a lista dos nomeados e restantes vencedores.
Melhor Filme Europeu:
"Melancolia", "Melancholia", de Lars von Trier - vencedor
"O Artista", "The Artist", de Michel Hazanavicius
"O Miúdo da Bicicleta", "Le Gamin au Vélo", Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
"Num Mundo Melhor", "Hævnen", de Susanne Bier
"O Discurso do Rei", "The King's Spech", de Tom Hooper
"Le Havre" de Aki Kaurismäki

Melhor Realizador Europeu:
Susanne Bier por "Num Mundo Melhor", "Hævnen" - vencedora
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne por "O Miúdo da Bicicleta", "Le Gamin au Vélo"
Aki Kaurismäki  por "Le Havre"
Béla Tarr por "O Cavalo de Turim", "A Torinói Ló"
Lars Von Trier por "Melancolia", "Melancholia"

Melhor Actor Europeu:
Colin Firth por "O Discurso do Rei", "The King's Spech" - vencedor
Jean Dujardin por "O Artista", "The Artist"
Mikael Persbrandt por "Num Mundo Melhor", "Hævnen"
Michel Piccoli por "Habemus Papam - Temos Papa", "Habemus Papam"
André Wilms por "Le Havre"

Melhor Actriz Europeia:
Tilda Swinton por "Temos de Falar Sobre Kevin", "We Need to Talk About Kevin" - vencedora
Kirsten Dunst por "Melancolia", "Melancholia"
Cécile de France por "O Miúdo da Bicicleta", "Le Gamin au Vélo"
Charlotte Gainsbourg por "Melancolia", "Melancholia"
Nadezhda Markina por "Elena"

Melhor Argumento Europeu:
Jean-Pierre e Luc Dardenne por "O Miúdo da Bicicleta", "Le Gamin au Vélo" - vencedores
Anders Thomas Jensen por "Num Mundo Melhor", "Hævnen"
Aki Kaurismäki por "Le Havre"
Lars von Trier por "Melancolia", "Melancholia"

Melhor Fotografia Europeia, Prémio Carlo Di Palma:
Manuel Alberto Claro por "Melancolia", "Melancholia" - vencedor
Fred Kelemen  por "O Cavalo de Turim", "A Torinói Ló"
Guillaume Schiffman  por "O Artista", "The Artist"
Adam Sikora por "Essential Killing - Matar para Viver", "Essential Killing"

Melhor Edição Europeia:
Tariq Anwar por "O Discurso do Rei", "The King's Spech" - vencedor
Mathilde Bonnefoy por "3", "Drei"
Molly Malene Stensgaard  por "Melancolia", "Melancholia"

Melhor Direcção Artística Europeia:
Jette Lehmann por "Melancolia", "Melancholia" - vencedor
Paola Bizzarri por "Habemus Papam - Temos Papa", "Habemus Papam"
Antxón Gómez por "A Pele Onde Eu Vivo", "La Piel Que Habito"

Melhor Compositor Europeu:
Ludovic Bource por "O Artista", "The Artist" - vencedor
Alexandre Desplat por "O Discurso do Rei", "The King's Spech"
Alberto Iglesias por "A Pele Onde Eu Vivo", "La Piel Que Habito"
Mihály Vig "O Cavalo de Turim", "A Torinói Ló"

Descoberta Europeia, Prémio FIPRESCI:
"Adem" de Hans van Nuffel - vencedor
"Atmen" de Karl Markovics
"Michael" de Markus Schleinzer
"Smukke Mennesker" de Mikkel Munch-Fals
"Tilva Roš" de Nikola Ležaić

Melhor Documentário Europeu, Prémio ARTE:
"Pina" de Wim Wenders - vencedor
"Stand van de Sterren" de Leonard Retel Helmrich
"¡Vivan las Antipodas!" de Victor Kossakovsky
 
Melhor Filme de Animação Europeu:
"Chico & Rita" de Fernando Trueba, Javier Mariscal e Tono Errando - vencedor
"Une Vie de Chat" de Alain Gagnol e Jean-Loup Felicioli
"Le Chat du Rabbin" de Antoine Delesvaux e Joann Sfar

Melhor Curta-Metragem Europeia:
"The Wholly Family" de Terry Gilliam - vencedor
"Berik" de Daniel Joseph Borgman
"Derby" de Paul Negoescu
"Frozen Stories" de Grzegorz Jaroszuk
"La Gran Carrera" de Kote Camacho
"Hypercrisis" de Josef Dabernig
"Händelse vid Bank" de Ruben Östlund
"Jessi" de Mariejosephin Schneider
"Små Barn, Stora Ord" de Lisa James Larsson
"Tse" de Roee Rosen
"Paparazzi" de Piotr Bernas
"Apele Tac" de Anca Miruna Lazarescu
"Dimanches" de Valéry Rosier
"Återfödelsen" de Hugo Lilja
"The Wolves" de Alberto De Michele

Melhor Desempenho Europeu no Cinema Mundial:
Mads Mikkelsen

Prémio do Público
"O Discurso do Rei", "The King's Spech", de Tom Hooper

Prémio Co-Produção Europeia, Prémio EURIMAGES:
Mariela Besuievsky

Prémio Honorário:
Michel Piccoli

Prémio Carreira:
Stephen Frears

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Estreias da Semana, 01/12/2011 a 07/12/2012

"Melancolia" - "Melancholia", 2011, Lars von Trier
Melancholia é um planeta gigante, escondido atrás do Sol, que agora se encontra em rota de colisão com a Terra, numa "dança de morte" que ameaça a total destruição do planeta. Justine (Kirsten Dunst) é uma jovem frágil e depressiva a viver a sua festa de casamento com Michael (Alexander Skarsgård), o homem que ama. Claire (Charlotte Gainsbourg), a equilibrada irmã mais velha e suporte emocional da família, é casada com John (Kiefer Sutherland) e mãe de Leo (Cameron Spurr). As duas irmãs têm personalidades opostas e uma relação ambivalente que oscila entre o amor profundo e a raiva. Mas, quando chega o momento previsto para o embate dos planetas, as duas mulheres têm reacções contraditórias. E, contra todas as probabilidades, a sua relação inverte-se...
"A Dívida" - "The Debt", 2011, John Madden
Em 1966, Rachel Singer (Jessica Chastain), David Peretz (Sam Worthington) e Stephan Gold (Marton Csokas), três jovens agentes do Mossad, conseguem capturar Dieter Vogel (Jesper Christensen), apelidado de "cirurgião de Birkenau", um médico nazi responsável pela atroz desfiguração e morte de centenas de pessoas, que seria posteriormente transferido para Israel e julgado pelos seus crimes. Porém, ao tentar a fuga, ele é supostamente abatido e os três regressam a Israel onde são recebidos com louvor. Trinta anos após o sucedido, Sarah (Romi Aboulafia), filha de Rachel (Helen Mirren) e David (Ciarán Hinds), publica um livro onde relata a missão daqueles que foram sempre considerados heróis de uma nação. É então que é revelada a existência de um homem internado num hospital psiquiátrico ucraniano que afirma ser o verdadeiro "cirurgião de Birkenau", que todos julgavam morto. A revelação põe em causa o sucesso de uma missão que se acreditou ser bem sucedida, assim como a credibilidade dos agentes e dos próprios serviços secretos israelitas. Agora, cabe a Rachel viajar até Kiev em busca de Vogel e, de uma maneira ou de outra, emendar os erros do passado.
"Anónimo" - "Anonymous", 2011, Roland Emmerich
De William Shakespeare (1564-1616) chegaram até aos dias de hoje 38 peças de teatro, 154 sonetos, dois longos poemas narrativos e vários outros poemas, que o tornaram no escritor mais lido de todos os tempos. Desde o século XVIII que, por vários factores aparentemente contraditórios, é discutida a verdadeira autoria da obra que lhe foi atribuída. Aqui, segue-se a teoria mais popular que afirma que foi o escritor e poeta Eduardo de Vere, 17.º conde de Oxford, o verdadeiro criador de toda a obra e que tudo se relaciona com as disputas de sucessão e intrigas durante o reinado de Isabel I de Inglaterra.
"O Gato das Botas" - "Puss in Boots", 2011, Chris Miller
Há muito, muito tempo, no país dos contos de fadas, vivia o lendário Gato das Botas (Antonio Banderas), um corajoso felino possuidor de um génio peculiar e de uma coragem sem limites. Apesar da sua reputação em todo o reino, o seu carisma e sedução são postos à prova quando conhece Kitty Patas Fofas (Salma Hayek), uma misteriosa gata mascarada, que não tenciona deixar-se levar em conversas e que ele descobre estar ligada a Humpty Alexander Dumpty (Zach Galifianakis), um seu amigo de infância. Os três acabam assim envolvidos num plano de assalto a Jack (Billy Bob Thornton) e Jill (Amy Sedaris), dois terríveis bandidos na posse de um antigo poder que ameaça o mundo. Porém, nada corre como esperado e a traição e a perfídia darão o mote a esta grande aventura.
Fonte: Cinecartaz.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Crítica: "Um Método Perigoso" ("A Dangerous Method", 2011) de David Cronenberg

David Cronenberg não realizava um filme desde 2007 em que nos brindou com "Promessas Perigosas" ("Eastern Promises"). Pensava-se até que o realizador de "A Mosca" ("The Fly", 1986) teria parado de vez. Mas não. Regressou agora em força, e realizou dois filmes de uma assentada. Este "Um Método Perigoso" ("A Dangerous Method") que estreou a semana passada e "Cosmopolis" que estreia no próximo ano.
Em 1907, Sigmund Freud (Viggo Mortensen) e Carl Jung (Michael Fassbender) iniciam uma parceria que iria mudar o rumo das ciências da mente assim como o das suas próprias vidas. Seis anos depois, tudo isso se altera e eles tornam-se antagónicos, tanto no que diz respeito às suas considerações científicas como no que se refere às questões de foro íntimo. Entre os dois, para além das divergências de pensamento, surge Sabina Spielrein (Keira Knightley), uma jovem russa de 18 anos internada no Hospital Psiquiátrico de Burgholzli. Com diagnóstico de psicose histérica e tratada através dos recentes métodos psicanalíticos, ela torna-se paciente e amante de Jung e, mais tarde, em colega e confidente de Freud. Isto, antes de se tornar numa psicanalista de renome.
Com "Um Método Perigoso" Cronenberg continua a explorar o corpo (e a mente) como já anteriormente o fez. Não da mesma maneira como o explorou de forma mais bem sucedida. Aqui o corpo tem tanta importância como tem a mente. Daí que o realizador tenha escolhido Keira Knightley para interpretar a super expressiva Sabina Spielrein. A actriz britânica tem um dos seus melhores papéis no cinema, já se fala de uma nomeação aos Oscars. Contudo o filme tende a parecer chato e com uma história particularmente pouco interessante, mas não é bem assim. Pode realmente haver uma ligeira falha no argumento, mas as interpretações e a realização são de uma primazia exemplar. Cronenberg prova que continua com um excelente olho para a realização e não se esqueceu do que o seu público quer. Contudo, talvez o argumento do livro "A Most Dangerous Method" de Jonh Kerr funcione melhor em peça de teatro ("The Talking Cure" de Christopher Hampton), como tem efectivamente funcionado.
Classificação: 4 estrelas em 5.

domingo, 27 de novembro de 2011

O Fado no Cinema


"O Fado já é património imaterial da humanidade!"

SMS de Sara Pereira, directora do Museu do Fado, enviada ao jornal Público logo após o Comité da UNESCO ter anunciado o Fado como património imaterial da humanidade.
No cinema o Fado sempre se fez representar. Há inúmeros exemplos de como o Fado influenciou o cinema português e vice-versa. Para começar temos o filme "A Severa", de 1931 de José Leitão de Barros, que retrata a vida da fadista alfacinha, Maria Severa Onofriana, tida como a fundadora do Fado, desde a sua má fama à relação de amor que teve com o Conde de Vimioso, Dom Francisco de Paula Portugal e Castro. O primeiro filme sonoro português, "A Canção de Lisboa", de 1933 de José Cottinelli Telmo, retrata a relação conturbada de Vasquinho (Vasco Santana), um estudante de medicina que mais se interessa pelo fado que pelos estudos e a sua amada Alice (Beatriz Costa), a costureirinha do Bairro dos Castelinhos e filha do severo Alfaite Caetano (António Silva). Amália Rodrigues começou a sua carreira de actriz com o filme "Capas Negras", de 1947 de Armando de Miranda. No mesmo ano, Amália protagoniza um dos filmes mais marcantes da carreira, "Fado, História d'uma Cantadeira", de Perdigão Queiroga, e baseado livremente na sua vida como fadista. O filme mais marcante da carreira de Amália Rodrigues é o filme francês "Os Amantes do Tejo" ("Les Amants du Tage"), de 1955 de Henri Verneuil, em que interpreta pela primeira vez "Barco Negro", fado responsável pela sua internacionalização como cantora. Em 1995 a voz portuguesa mais conhecida no estrangeiro foi alvo do documentário de Bruno de Almeida "Amália - Uma Estranha Forma de Vida". Mais recentemente, em 2008, a vida da malograda fadista foi levada ao cinema pela mão de Carlos Coelho da Silva em "Amália - O Filme", com Sandra Barata Belo a encarnar Amália. Nicholas Oulman, filho de Alain Oulman, retratou a relação que o pai tinha com Amália Rodrigues no documentário "Com Que Voz" de 2009. Também a irmã de Amália, Celeste Rodrigues, teve o seu documentário, "Fado Celeste", de 2011. O realizador Edgar Pêra filmou em 2001 o non-sense "A Janela (Maryalva Mix)", protagonizado por Manuel João Vieira, em que o Fado tem um papel importante. Os exemplos são muitos e agora, com o Fado como património imaterial da humanidade, serão ainda mais e mais...

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O que aí vem... "Florbela" de Vicente Alves do Ó


Dalila Carmo e Ivo Canelas como Florbela e o irmão Apeles Espanca.
Em Abril último o realizador Vicente Alves do Ó apresentou-nos a sua primeira longa-metragem, "Quinze Pontos na Alma", uma surpreendente e auspiciosa grande estreia. Para o próximo mês de Fevereiro o realizador português tem já agendada a estreia da sua segunda longa-metragem, "Florbela". Parece que as expectativas que Alves do Ó nos criou não irão ser defraudadas. O teaser foi divulgado em primeira mão no passado dia 10 de Novembro pelo próprio Vicente através do seu blog, Desejo e Destino. As imagens do trailer são de uma qualidade e de uma mestria atordoantes. O que nos é apresentado é de um filme maior, que nada deve aos filmes hollywoodescos que por aí andam. Este "Florbela" é um biopic que nos conta um pouco da vida e da obra da malograda e controversa poeta Florbela Espanca.
Tortura
Tirar dentro do peito a Emoção, 
A lúcida Verdade, o Sentimento! 
– E ser, depois de vir do coração, 
Um punhado de cinza esparso ao vento! ... 
Primeira estrofe  do soneto "Tortura" de Florbela Espanca

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Estreias da Semana, de 24/11/2011 a 30/11/2011

"Um Método Perigoso" - "A Dangerous Method", 2011, David Cronenberg
Em 1907, Sigmund Freud (Viggo Mortensen) e Carl Jung (Michael Fassbender) iniciam uma parceria que iria mudar o rumo das ciências da mente assim como o das suas próprias vidas. Seis anos depois, tudo isso se altera e eles tornam-se antagónicos, tanto no que diz respeito às suas considerações científicas como no que se refere às questões de foro íntimo. Entre os dois, para além das divergências de pensamento, surge Sabina Spielrein (Keira Knightley), uma jovem russa de 18 anos internada no Hospital Psiquiátrico de Burgholzli. Com diagnóstico de psicose histérica e tratada através dos recentes métodos psicanalíticos, ela torna-se paciente e amante de Jung e, mais tarde, em colega e confidente de Freud. Isto, antes de se tornar numa psicanalista de renome.
"Habemus Papam - Temos Papa" - "Habemus Papam", 2011, Nanni Moretti
Depois da morte do Papa, os cardeais de todo o mundo reúnem-se para, em clausura, eleger o seu sucessor (Michel Piccoli). Enquanto isso, na Praça de São Pedro, milhares de pessoas aguardam ansiosamente a primeira aparição do novo Sumo Pontífice. Porém, esmagado com o peso da responsabilidade, o herdeiro de S. Pedro entra em pânico, recusando-se a aparecer em público. Depois de tudo tentarem, os seus conselheiros decidem chamar um dos mais reconhecidos psicanalista do país (Nanni Moretti) para o ajudar a ultrapassar a crise. Mas nada parece surtir efeito. E, depois de três dias com o mundo suspenso, vagueando solitariamente pelas ruas de Roma, ele tem de encontrar a coragem necessária para tomar a única decisão possível...
"Arthur Christmas", 2011, Sarah Smith
Arthur (James McAvoy) é o filho mais novo do verdadeiro Pai Natal (Jim Broadbent), neto do Avô Natal (Bill Nighy) e irmão de Steve (Hugh Laurie). Esta família, tal como todas as outras, tem os seus problemas e, entre eles, as coisas nem sempre são pacíficas - especialmente no que toca à noite de consoada. Hoje em dia, com a evolução tecnológica, a distribuição de presentes acontece de uma maneira quase sem falhas, através de computadores de última geração e tecnologia de ponta. No entanto, desta vez, parece que algo correu menos bem e ficou um presente por entregar a uma das milhões de crianças crentes na magia do Natal.
"Imortais" - "Immortals, 2011, Tarsem Singh
O cruel Exército do rei Hyperion (Mickey Rourke) percorre todo o império grego destruindo aldeias e massacrando os povos que encontram pelo caminho. Este rei sanguinário não deixará que ninguém se intrometa no seu objectivo: libertar o poder dos Titãs adormecidos e, com a sua ajuda, destruir os deuses do Olimpo e toda a Humanidade. Nada nem ninguém parece capaz de parar a força destrutiva de Hyperion. Até o jovem Theseus (Henry Cavill) jurar vingar a sua mãe, selvaticamente assassinada. Assim, com a ajuda de Phaedra (Freida Pinto), Theseus reúne um pequeno grupo de seguidores e enfrenta o seu destino numa luta desesperada para salvar o mundo dos mortais e dos imortais, tornando-se no herói que todos ansiavam.
Fonte: Cinecartaz

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

"We Were Here" nos Oscars 2012?

«O documentário "We Were Here" de David Weissman é um dos 15 pré-candidatos aos Óscares da Academia na categoria de Melhor Documentário.» «"We Were Here" é o primeiro documentário a propor um olhar retrospectivo em profundidade sobre a chegada e o impacto da SIDA na cidade de São Francisco.» «De recordar que este filme norte-americano marcou presença no último Queer Lisboa, tendo estado em competição na categoria de Melhor Documentário.» Ler mais aqui: ""We Were Here" é pré-candidato aos Óscares 2012"
Os outros 14 pré-candidatos são:
- "Battle for Brooklyn" (2010) de Michael Galinsky e Suki Hawley;
- "Bill Cunningham New York" (2010) de Richard Press;
- "Buck" (2011) de Cindy Meehl;
- "Hell and Back Again" (2011) de Danfung Dennis;
- "If a Tree Falls: A Story of the Earth Liberation Front" (2011) de Marshall Curry e Sam Cullman;
- "Jane's Journey" (2010) de Lorenz Knauer;
- "The Loving Story" (2011) de Nancy Buirski;
- "Paradise Lost 3: Purgatory" (2011) de Joe Berlinger e Bruce Sinofsky;
- "Pina" (2011) de Wim Wenders;
- "Project Nim" (2011) de James Marsh;
- "Semper Fi: Always Faithful" (2011) de Tony Hardmon e Rachel Libert;
- "Sing Your Song" (2011) de Susanne Rostock;
- "Undefeated" (2011) de Stephen K. Bannon;
- "Under Fire: Journalists in Combat" (2011) de Martyn Burke.
Desta lista o candidato mais forte é o filme "Pina" de Wim Wenders, mas pode ser deixado de fora, pois também é o candidato alemão ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Surpreendente, ou não, foi o facto do documentário "Senna" (2010) de Asif Kapadia, sobre o mítico corredor brasileiro de Formula 1 Ayrton Senna, não fazer parte desta lista, a sua nomeação era já dada como certa. Apesar de não ser de estranhar, mas o documentário português "José e Pilar" (2010) de Miguel Gonçalves Mendes também não faz parte dos pré-candidatos a Melhor Documentário, contudo o objectivo principal da promoção do filme em Hollywood é levá-lo à categoria de Melhor Filme Estrangeiro.

domingo, 20 de novembro de 2011

A Pele de Almodóvar

Como já aqui vos indiquei eu escrevo sobre cinema (e não só) no site de notícias e cultura LGBT em português, dezanove, «centrando-me mais em filmes de temática, expressão e referência Queer e LGBT». Na véspera do último filme de Pedro Almodóvar"A Pele Onde Eu Vivo" ("La Piel que Habito", 2011), estrear nos nossos cinemas foi publicada no dezanove a minha crónica (ou crítica se quiserem) sobre o filme.
«Este Pedro é um outro Almodóvar. Este Pedro está numa outra pele, um Almodóvar refinado, sem artifícios fáceis, um mestre, que na verdade sempre o foi, mas está noutra categoria. Tanto "Voltar" ("Volver", 2006) como "Abraços Desfeitos" [("Los Abrazos Rotos", 2009)] já denunciavam isso, sobretudo o segundo. A delicadeza e a pureza de cenas como a do cemitério, no caso de "Voltar", ou como as das paisagens de Lanzarote em "Abraços Defeitos", são de um cirurgião plástico que faz tudo na perfeição e que se tenta suplantar a si mesmo em cada cirurgia, num bloco operatório de última geração. A pele onde vive Robert, Vera (Elena Anaya), Marília (Marisa Paredes) e Vicente (Jan Cornet), é a pele deste outro Almodóvar. É, no entanto, um filme "duro, desassossegado e complexo" como diria Marisa Paredes na sessão de encerramento do Lisbon & Estoril Film Festival, que apresentou "A Pele Onde Eu Vivo" [("La Piel que Habito", 2011)] em antestreia, no passado domingo, dia 13.» Ler o resto aqui: "Almodóvar numa outra pele".
Música do trailer de Alberto Iglésias que compôs a BSO do filme.
Classificação: 4 estrelas em 5.

sábado, 19 de novembro de 2011

Banderas e Almodóvar atam-nos

Os anos 1990 começaram com Pedro Almodóvar a apresentar-nos o imperdível "Ata-me!" ("Átame!", 1990) com Victoria Abril e Antonio Banderas a protagonizar um dos amores mais obsessivos e doentios de que há memória na história do cinema. Aqui refiro que "é uma película ... intensa e carregada de erotismo e sedução". Banderas é Ricky, que depois de ser libertado de uma instituição de saúde mental sabe muito bem o que quer. E o que quer é Marina (Abril), uma estrela de filmes porno com quem já teve relações sexuais, e tenta convencê-la a ser sua esposa. Perante a sua recusa, Ricky não tem outra alternativa a não ser ata-la...
Esta foi a última colaboração entre o cineasta e o actor. Segundo Antonio Banderas, Pedro Almodóvar demorou 20 anos a perdoá-lo. A perdoá-lo por ter ido para Hollywood e ter abandonado praticamente o cinema espanhol. Nós, amantes do Banderas de "Matador" ("El Matador", 1986), "A Lei do Desejo" ("La Ley del Deseo",1987) e sobretudo de "Ata-me!" também não perdoamos este abandono. Esta falha é colmatada agora com o novo "A Pele Onde Eu Vivo" ("La Piel que Habito", 2011) que nos traz o mesmo Banderas, mais obsessivo, mais doentio, mas muito mais maduro e seguro de si próprio, na pele do frio e implacável Dr. Robert Ledgard. Ainda bem que Almodóvar perdoou Banderas, nós merecíamos...
Para vos aguçar o apetite revejam o trailer de "Ata-me!":
música do trailer: "Cancion del Alma", bso de Ennio Morricone

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O porquê deste blog...

Ainda me lembro da sensação que tive quando fui pela primeira vez ao cinema. Foi uma sensação de preenchimento. Aquelas imagens todas a entrarem pelos meus olhos a dentro deram-me uma das melhores sensações que já tive na vida. Era pequeno, mas lembro tão bem do que senti, como se fosse hoje. Não me recordo do filme, nem de que idade tinha. Lembro-me que foi no Fórum Luísa Todi em Setúbal (na foto), onde vivia na altura. Já não sinto sempre essa sensação de cada vez que vejo um filme no cinema, mas quando a sinto ainda é a mesma. A minha paixão pelo cinema, pelas imagens em movimento num grande ecrã, começou aí, nesse momento, naquele cine-teatro setubalense.
De todas as minhas paixões, o cinema é a minha paixão mais antiga, e que perdura até hoje. Sou um viciado confesso por cinema. Vou ao cinema em média umas duas vezes por semana. É realmente um prazer, mesmo quando as escolhas não são as melhores. A existência deste blog agora assenta nesta premissa. Não será a primeira vez que escrevo sobre filmes e cinema. Já o faço (ou fiz) no meu blog pessoal. E faço-o desde há algum tempo regularmente no site dezanove, centrando-me mais em filmes de temática, expressão e referência Queer e LGBT. Aqui neste espaço todo o cinema poderá vir a ter lugar. O cinema que eu amo e o que odeio também, as imagens, as bandas sonoras, as músicas, os festivais, as mostras, as festas, os actores, as actrizes, os realizadores, os produtores, os prémios e... claro as séries e os filmes para televisão. Nunca numa visão de entendido ou especialista, mas numa perspectiva de espectador...

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Estreias da Semana, de 17/11/2011 a 23/11/2011



"A Pele Onde Eu Vivo" - "La Piel Que Habito", 2011,  de Pedro Almodóvar.
Robert Ledgard (Antonio Banderas), é um cirurgião plástico reconhecido pelas suas investigações em terapia celular, que perdeu a mulher num terrível acidente de viação que lhe causou queimaduras e lhe desfigurou o rosto. Desde então, vive em clausura na sua mansão, obcecado com a sua nova descoberta: uma pele artificial que, apesar de sensível ao tacto, não sente dor e é quase indestrutível. Para isso, ultrapassa todos os conceitos éticos ou deontológicos, tornando Vera (Elena Anaya) sua cobaia e prisioneira.



"Os Encantos do 6.º Andar" - "Les Femmes du 6 ème Étage", 2010, de Philippe Le Guay

Jean-Louis Joubert (Fabrice Luchini), um seríssimo corretor da bolsa e irrepreensível cidadão, descobre um grupo de espanholas, todas elas empregadas de limpeza, que vivem no sexto andar do seu sorumbático prédio. Através de Maria (Natalia Verbeke), a jovem e atraente empregada da sua própria casa, ele vai descobrir um mundo antagónico ao seu, onde as tristezas não pagam dívidas e a alegria e a extravagância são um modo de viver. Fascinado por estas mulheres, Jean-Louis decide dar uma volta de 180 graus à sua vida.

"O Mundo no Arame" - "Welt am Draht", 1973, de Rainer Werner Fassbinder

Uma mini-série televisiva de duas partes, estreada em Outubro de 1973. Rodada em Paris, adapta um romance de ficção científica do americano Daniel Galouye sobre um cientista que, ao investigar acontecimentos estranhos relacionados com um "mundo virtual" criado num laboratório, dá por si a questionar a própria natureza da realidade. Com 3h25 de duração total, "O Mundo no Arame" nunca teve exibição comercial em sala e, depois de passar na televisão, caiu no esquecimento.

"A Saga Twilight: Amanhecer - Parte I" - "The Twilight Saga: Breaking Dawn - Part I", 2011, de Bill Condon

Depois de todas as adversidades, a humana Bella e o vampiro Edward (Kristen Stewart e Robert Pattinson) casam-se, numa cerimónia de sonho, e viajam em lua-de-mel para o Brasil onde, numa ilha paradisíaca, consumam o seu amor. Poucas semanas depois, Bella descobre que, contra todas as probabilidades, está grávida de uma criatura híbrida. Apesar da felicidade do momento, ambos compreendem que as suas vidas correm perigo.

Fonte: Cinecartaz